domingo, 29 de dezembro de 2013

Palpitações



Esse coração há de renunciar, a pulsar instável com tamanho desengano,
Com esse compasso ordinário, fazes da convivência, relutância.

Tua inquietação atordoa-me então mudo-me de posição,
Tomas conta do meu corpo e nele fazes um carnaval
—Peso na minha existência!

Onde vais com esse compasso agitado?
Enganaste-me com dois dias de trégua,
Mas retornaste ao entardecer.

Um dia hás de render-te às minhas súplicas, 
Irás pulsar delicado, sossegado como a natureza do infinito.
Imperturbado.

Lucas Martins 

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